17/06/2011

COMPARATIVO: Volkswagen CrossFox X



Comparativo: Volkswagen CrossFox X 



Citroën Aircross


Aircross tem grande apelo visual, com traços modernos e bom acabamento.
Mas CrossFox ganha a disputa pelo conforto ao dirigir e pela praticidade.

Priscila Dal PoggettoDo G1, em São Paulo
O cenário de trilhas enlameadas, com diversos obstáculos pelo caminho e uma linda cachoeira no final, é o preferido para apresentar modelos como o Fiat Palio Weekend Adventure e o Volkswagen CrossFox. Mas, na verdade, tratam-se de modelos urbanos com gracejos inspirados em veículos off-road que pretendem passar a sensação ao condutor de “liberdade”, “natureza”, “aventura” e por aí vai. Tal segmento ficou acomodado até surgir, em 2010, o francesinho Aircross. De novidade, ele trouxe linhas extremamente modernas, emoldurando o clássico estepe instalado na porta traseira. Conclusão: a briga voltou a esquentar e, neste ano, a Volkswagen lançou a versão 2012 do CrossFox.
Citroën Aircross e Volkswagen CrossFox disputam pela maquiagem 'aventureira' (Foto: Daigo Oliva/G1)Citroën Aircross e Volkswagen CrossFox disputam pela maquiagem 'aventureira' (Foto: Daigo Oliva/G1)
Neste comparativo, a reportagem do G1 confronta os dois modelos. O vencedor é o CrossFox, pelo conforto ao dirigir, destacando-se a suspensão muito bem ajustada e mais elevada, o que garante conforto para motorista e passageiros ao passar por qualquer tipo de solo — obviamente, dentro das condições de um carro normal, já que não se trata de um 4X4 —, e pela  excelente posição de dirigir.
O modelo da Citroën, ganha no visual e no acabamento, mas, além de ter uma suspensão dura, que repassa todas as imperfeições do solo para os ocupantes, possui embreagem, câmbio e volantes muito molengas. Na cidade, a fórmula pode funcionar para quem gosta deste tipo de condução, “anti-esportiva”, mas ela é muito desconfortável em estradas, tanto de asfalto quanto de terra.
Comparativo Aircross X CrossFox (Foto: Editoria de Arte/G1)
DesempenhoOs motores dos dois modelos são muito parecidos. O CrossFox é equipado com um 1.6 litro de oito válvulas, que rende 104 cavalos de potência máxima e 15,6 kgfm de torque. O motor do Aircross é um 1.6 com 16 válvulas, que desenvolve 113 cv e 15,8 kgfm de torque. Ambos garantem boas respostas aos carros em ultrapassagens e retomadas.
Porém, a diferença está na rotação. O modelo 16V da Citroën atinge o torque máximo a 4.500 rpm e a potência a 5.800 rpm, uma característica deste tipo de motor. Já o CrossFox chega à força máxima a 2.500 rpm e à maior potência a 5.250 rpm. Isso faz com que quem dirija o modelo da Citroën sinta a falta de uma sexta marcha a velocidades acima de 100 km/h. O que também se reflete no interior da cabine, já que o barulho do propulsor fica alto.
Em relação à segurança, os dois vêm com airbag frotal duplo. Somente o CrossFox tem sistema de freios ABS também de série. No caso do Aircross, ABS com EBD é de série apenas na versão topo de linha, a Exclusive (a que foi testada).
Aircross e CrossFox   (Foto: Daigo Oliva/G1)Aircross é mais urbano e CrossFox encara melhor estradas de asfalto e de terra (Foto: Daigo Oliva/G1)
Diferenças de estepe
Peça-chave para a estética de carros com este tipo de apelo, o estepe na tampa do porta-malas nem sempre é funcional. É o que acontece com o do Aircross. Para abrir o bagageiro, é preciso acertar uma sequencia de movimentos. Primeiro, aciona-se a abertura do sistema por um botão na chave. Depois, é preciso pressionar o dispositivo que destrava o suporte do pneu em si e manter dessa forma, segurando o puxador, até deslocar o estepe todo para a esquerda — ele passa do limite de largura do carro, portanto, cuidado ao fazer isso no meio da rua.
Sistema de estepe do Aircross exige uma ginástica  (Foto: Daigo Oliva/G1)Sistema de estepe do Aircross exige uma 'ginástica' (Foto: Daigo Oliva/G1)
Após aberto, o passo seguinte é apertar o botão que fica escondido no vão da porta, à direita. Com a mão direita, você abre o porta-malas e, com a esquerda, segura o bastão que dá suporte ao sistema do estepe para, assim, conseguir abrir a porta.
No caso do CrossFox, não há tanta 'ginástica'. Basta apertar o botão de abertura do sistema, afastar o estepe e, com uma mão, levantar a porta, que destrava automaticamente ao afastar o suporte do pneu. Apesar da praticidade, quando fechado, o conjunto atrapalha a visibilidade traseira, por ficar no meio da porta.
Abertura do porta-malas do CrossFox é mais simples, mas pneu atrapalha visibilidade (Foto: Daigo Oliva/G1)Abertura do porta-malas do CrossFox é mais simples, mas pneu atrapalha visibilidade (Foto: Daigo Oliva/G1)
Acabamento é o trunfo do Aircross
Para quem se rende totalmente ao visual do carro na hora da compra, o CrossFox deixa a desejar. Não só pelas linhas externas, mais conservadoras, mas também porque, internamente, ele não passa de um Fox. Inclusive, no pequeno porta-malas. É nesta diferença que o Citroën tem o seu trunfo. Ele não é um C3, é um Aircross – apesar de se tratar da mesma plataforma e pertencer à mesma família. As linhas do aventureiro são chamativas, harmônicas e, ao mesmo tempo, modernas.
Como sempre, a marca investe no charme e inova com as rodas bem trabalhadas e o interior cheio de detalhes. O apelo estético tem dado certo. Enquanto o Citroën Aircross vendeu 7.670 unidades de janeiro a maio deste ano, o Volkswagen CrossFox teve 1,2 mil.
Citroën Aircross (esq.) ganha destaque pelo acabamento mais moderno em relação ao VW CrossFox (Foto: Daigo Oliva/G1/Divulgação)Aircross (esq.) se destaca pelo acabamento mais moderno (Foto: Daigo Oliva/G1/Divulgação)

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