20/06/2011

MARRONE DEVE SER OUVIDO EM SP NESTA SEGUNDA SOBRE QUEDA DE HELICÓPTERO.


A Polícia Civil ouvirá nesta segunda-feira (20)em São Paulo o cantor Marrone, da dupla sertaneja com Bruno, para tentar saber se ele estava mesmo pilotando o helicóptero que caiu em São José do Rio Preto, no interior paulista, no dia 2 de maio. Das três pessoas que estavam na aeronave, somente Marrone e o piloto da aeronave, Almir Carlos Bezerra, são investigados pela polícia por suspeita de estarem envolvidos diretamente na queda do aparelho.
O empresário Jardel Alves Borges, primo e secretário de Marrone, que também estava no helicóptero, teve traumatismo craniano. Já o piloto ficou sem parte da perna esquerda, decepada. O astro sertanejo teve ferimentos leves no acidente. A aeronave, de propriedade do cantor, custa cerca de R$ 8 milhões.

Para a polícia, Marrone, que tem 46 anos, é suspeito de guiar o helicóptero sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por esse motivo é investigado pelo artigo 33 da Lei de Contravenções Penais (LCP), que trata de pilotar aeronave sem habilitação. Em entrevista ao Fantástico, divulgada último dia 15, ele admitiu já ter segurado o manche da aeronave, mesmo sem ter licença, o ‘brevê’, para isso. E ainda assumiu que estava sentado do lado direito da aeronave, lugar destinado ao piloto. O cantor negou, no entanto, que estivesse no comando no momento do acidente.

Posição do piloto
Bezerra, de 49 anos, é investigado como suspeito de ter cometido lesão corporal na direção de veículo automotor, segundo o artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Em depoimento à polícia, em São José do Rio Preto, o piloto confirmou que Marrone estava guiando o helicóptero antes da queda. Mas negou que ele estivesse no comando durante a queda. Segundo Bezerra, era ele quem guiava.

Agora é a vez de Marrone prestar esclarecimentos. Por conta da agenda de shows da dupla Bruno e Marrone, o cantor será ouvido na capital paulista. O depoimento ocorrerá por meio de carta precatória encaminhada ao delegado de polícia do Setor de Cartas Precatórias do Departamento de Polícia Judiciárias da Capital (Decap). As declarações deverão ser prestadas no Centro de Execução de Cartas Precatórias anexo ao 16º Distrito Policial, na Vila Clementino, na Zona Sul, próxima a residência do cantor. O depoimento deverá ter início à noite, por volta das 19h30.

Após responder às perguntas, o delegado deverá remeter as respostas para a delegacia de São José do Rio Preto, que investiga o caso. A Aeronáutica apura as causas do acidente. A Anac abriu processo administrativo para saber se ocorreu “alguma irregularidade pertinente aos ocupantes do helicóptero e seus responsáveis”.
Uma situação que terá de ser apurada é o fato de que, sentado à esquerda, o piloto tem menos acesso aos equipamentos do helicóptero. E só se pode pilotar nessa posição um piloto instrutor de voo _o que não é o caso de Bezerra.
O cantor admitiu ao programa que era o seu piloto que pedia para ele sentar do lado direito para “ir aprendendo”. No dia do acidente, Bezerra falou que Marrone pilotou o helicóptero em trechos do trajeto entre Curitiba e São José do Rio Preto.
Essa afirmação é contrária ao que a assessoria da dupla havia divulgado em seu site, a de que Marrone afirmara nunca ter assumido o comando do helicóptero antes da queda. Outro dado contraditório foi o de que o cantor afirmou não se lembrar de ter dito que já tinha mais de mil horas de aulas práticas de voo, como aparece falando numa gravação, feita há um mês, no Aeroclube de Umuarama, no Paraná.

Ao Fantástico Marrone afirmou que segurava o manche da aeronave no alto, mesmo sem ter brevê, autorização para pilotar. “Isso é normal", disse.

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