09/07/2011

O paradoxo da globalização

Pesquisa da Ipsos divulgada sábado (26), mostra que, assim como os líderes do G-20, reunidos em Toronto, Canadá, a maioria global dos consumidores acredita que, em geral, a globalização e a expansão do comércio são bons, e que o investimento de empresas estrangeiras é fundamental para o crescimento e expansão. De fato, apenas 39% dizem que o governo deveria restringir o investimento das empresas estrangeiras em seu país, mesmo que isso signifique que menos empregos serão criados.
Mas, apesar dos benefícios, a maioria dos cidadãos do mundo acredita que essas grandes corporações ou companhias estrangeiras são mais poderosas e influentes que os governos. Apenas 35% pensam que o CEO da empresa diz a verdade.
Do mesmo modo, a maioria acredita que seu governo deveria ter acesso completo às informações das empresas privadas que fazem negócios em seu país e deveria ser mais agressivo ao regular as atividades das empresas, tanto as nacionais quanto as multinacionais. Em suma, a maioria acha que o governo deveria controlar grandes indústrias e os preços dos alimentos básicos e serviços no seu país.
A pesquisa global com cidadãos e consumidores, realizada em maio de 2010, entrevistou 18.624 adultos em 24 países, representando 75% do PIB mundial. Os resultados da pesquisa revelam alguns dados:
Sobre Globalização e Comércio:
• 66% acreditam que, de um modo geral, a globalização é uma coisa boa para o mundo;
• 88% concordam que a expansão do comércio é uma coisa boa.
Sobre a necessidade para corporações globais:
• 82% consideram que o investimento das empresas globais no seu país é essencial para o crescimento e expansão;
• Apenas 39% dizem que seu governo deveria restringir o investimento das empresas estrangeiras no seu país, mesmo se isso significar que menos empregos serão criados.
Sobre a influência das Sociedades Anônimas:
• 69% acreditam que as grandes empresas são mais poderosas que o governo;
• 74% acreditam que as grandes corporações têm muita influência sobre as decisões de seu governo;
• 71% concordam que as empresas estrangeiras têm muito controle e influência sobre a economia do seu país;
• Somente 35% acreditam que os CEOs de grandes empresas possam ser confiáveis nas declarações sobre a sua empresa ou indústria.
Sobre o papel do seu governo:
• 64% dizem que seu governo deveria ter acesso completo às informações das empresas privadas que fazem negócios em seu país.
• 75% acreditam que seu governo deveria ser mais agressivo ao regular as atividades das empresas nacionais e multinacionais;
• 56% pensam que é do seu interesse que as grandes indústrias devam ser controladas pelo governo;
• 76% acreditam que o governo do seu país deveria controlar os preços dos alimentos e serviços básicos. 
Fonte: Ipsos/canada.com.
Metodologia
Estes são os resultados da 9ª onda do Global@dvisor, pesquisa Ipsos, realizada entre 12 de maio de 2010 e 21 de maio de 2010. O instrumento de pesquisa é realizado mensalmente em 24 países ao redor do mundo através do sistema Ipsos Panel on-line. Os países pesquisados são Argentina, Austrália, África do Sul, Bélgica, Brasil, Canadá, China, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e os Estados Unidos da América. Para os resultados da pesquisa apresentada aqui, uma amostra internacional de 18.624 adultos entre 18 e 64 anos da Europa e Canadá e 16 e 64 anos dos demais países foram entrevistados. Aproximadamente 1.000 pessoas participaram em uma base país a país via Painel Ipsos on-line, com exceção da Argentina, Bélgica, Indonésia, México, Polônia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Suécia e Turquia, onde cada um tem uma amostra de cerca de 500 pessoas.
O G-20 foi criado em 1999 depois da crise financeira asiática ocorrida dois anos antes, promovendo encontros anuais entre ministros da fazenda e presidentes de bancos centrais dos países participantes. Em 2008, os líderes do G-20 se encontraram pela primeira vez, em Washington (EUA), para coordenar uma resposta à crise econômica mundial. Toronto é o quarto encontro dos líderes do G20 – os outros dois foram realizados em Londres (abril-2009) e Pittsburgh (setembro-2009). O próximo encontro está marcado para Seul (Coréia do Sul), em novembro deste ano.
Sobre a Ipsos
A Ipsos é referência mundial em pesquisa de mercado e interpretação de dados. Criada em 1975 na França, presente no Brasil desde 1997, consolidou-se como uma das maiores empresas de pesquisa do mundo, estruturando-se por meio de áreas especializadas, com profissionais altamente qualificados em estudos de tendências e mercado. Possui escritórios em 56 países e realiza pesquisas em mais de 100. Atualmente atende mais de 5.000 clientes no mundo e possui mais de 8.000 funcionários. No Brasil, com a aquisição da Alfacom, conta com quase 600 funcionários diretos, sendo a maior empresa de pesquisa ad hoc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário